Clinica Particular – Sala – Dia.
O medico já cuidando dos ferimentos de Paula.
Medico: Você teve sorte que os cortes não foram profundos.
Paula: Vai deixar marcas? Cicatrizes?
Medico: Vai depender de como seu tecido responderá ao tratamento.
Paula: Muito obrigado doutor. Agora eu tenho que ir.
Paula sai.
Casa de Bárbara – Sala – Dia.
A campainha toca. Luiza atende. É Hugo.
Hugo: Fiquei sabendo do que aconteceu com a sua mãe. Sinto muito.
Luiza abraça Hugo.
Luiza: Eu to me sentindo muito culpada. Eu a desprezei, acusei ela de ter matado o meu pai.
Hugo: Fica calma...
Luiza: Se alguma coisa de ruim acontecer com ela, eu não sei se vou me perdoar.
Hugo: Vai ficar tudo bem. Sua mãe é forte, ela vai reagir bem ao tratamento.
Luiza: Obrigado, Hugo. Eu tava mesmo precisando de você.
Hugo: Isso quer dizer que...
Luiza: Que nós vamos ser bons amigos. Nada mais.
Hugo: Tudo bem... Mas e a Carla? Como ela ta?
Luiza: Ela não ta nem ai pra ninguém. Nem própria mãe.
Carla chega.
Carla: Você não abre a boca pra falar de mim, ou eu arrebento essa sua carinha de boneca de porcelana em questão se segundos.
Luiza: Eu falei alguma mentira? Não, tudo o que eu disse é verdade. Você é uma desalmada, não tem coração.
Carla: Cada um tem um jeito de demonstrar sua dor, seu sofrimento. Esse é o meu.
Luiza: Que dor? Que sofrimento? Você não ta nem ai pra ninguém. Só pensa em você e em mais nada.
Carla: Um dia Luiza, eu ainda vou conseguir tomar tudo o que você, principalmente você, Hugo!
Carla sobe.
Apartamento de Murilo – Sala – Noite.
Paula bate na porta.
Paula: Eu to precisando de você.
Murilo: Vai embora. Eu quero você longe de mim, longe da minha vida.
Paula: Eu não tenho onde ficar. Seu pai bloqueou meus bens, ele destruiu a minha vida.
Murilo: Ele fez pouco. Ele devia ter matado você.
Paula: Você ainda é meu filho. Me deve respeito.
Murilo: Eu tenho nojo de você. Assassina.
Paula: Eu não fiz nada com a Bárbara. Foi a Laura.
Murilo: Mas tudo em conseqüência ao que você fez a ela no passado.
Paula: A Laura é uma...
Murilo: Uma vitima das suas falcatruas, dos seus crimes.
Paula: Você é um ingrato.
Murilo: Vai embora daqui, antes que eu chame a policia.
Paula: Um dia eu ainda vou dar a volta por cima, e vocês todos vão me pagar muito caro.
Paula sai.
Apartamento de Paula – Sala – Noite.
Alguém com um capuz preto pula a janela. Paula acorda e se assusta.
Paula: Você?
A pessoa tira o capuz. Paula se desespera.
Clarisse: Medo de assombração queridinha?
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