20 ANOS DEPOIS /
BRASIL
CENA 1 - HOSPITAL DOM
BOSCO – SALA DA PRESIDÊNCIA - DIA.
Bárbara e Helena já conversando.
Bárbara - E quando chega o novo
diretor?
Helena - Hoje mesmo! Agora pela
tarde ela embarca no Brasil! Mas agora e você, amiga? Como está?
Bárbara – To demonstrando tanto
assim?
Helena – Claro que sim! Está mais do
que na hora de dar um basta em tudo isso. Ate quando, Bárbara? O Ricardo não te
merece.
Bárbara – Às vezes eu acho que o
culpado não é o Ricardo. Ele se doa demais pra mim, se entrega, já eu não, me
mantenho firme, fria!
Helena – Ontem ele te agrediu?
Entende a gravidade do que estou falando?
Bárbara se cala, já pensativa.
CENA 2 - MANSÃO DE
BÁRBARA– QUARTO - DIA.
Larissa e Hugo já se beijando. Luiza entra.
Luiza – (nervosa) O que significa isso?
Hugo – Se acalma!
Luiza – (gritando) Calma? Eu te encontro beijando essa vagabunda
e você ainda tem a audácia de me pedir calma?
Larissa – Vagabunda, não!
Luiza – E que outro nome poderia
dar á você? É vagabunda, sim!
Larissa – Ele me ama, coisa que
ninguém nunca vai sentir por você! Nem seus pais te amaram, te jogaram numa
lata de lixo, como se você não servisse pra mais nada.
Luiza dá um tapa na cara de Larissa.
Luiza – Nunca mais repita isso! Ta
me ouvindo? Eu tenho muito valor, sim, e vou provar pra vocês isso.
Luiza sai.
CENA 3 – MANSÃO DE
CLARISSE – SALA - DIA.
Clarisse já em frente ao computador. Clara entra.
Clarisse – Clara, olha isso que acabo
de ler aqui. O tal cirurgião que a Bárbara contratou pro hospital dela chega
hoje! Finalmente. Se tudo ocorrer certo, ele me opera na próxima semana.
Clara – Calma ai. Olha essa mulher
ai do lado dela. A esposa do Pedro! Não pode ser verdade. Estamos mais perto do
que imaginávamos.
Clarisse – (em choque) É a Paula.
Clara – Ela mesma. Temos que avisar
a Bárbara, ela assim como nós tem bastantes motivos para querer acabar com essa
mulher.
Clarisse – (fria) Nem pense nisso. A Paula é minha. Eu sozinha
vou dar uma lição nessa vagabunda. A Bárbara coitada, é totalmente impulsiva,
poderia botar tudo a perder. Esperei tempo demais pra esse momento chegar e não
vou permitir que ninguém o estrague. Agora mais do que nunca estou obstinada:
Custe o que custar, a Paula vai ter que pagar pelo que fez.
Clarisse sorri.
CENA 4 – AEROPORTO –
DESEMBARQUE - DIA.
Paula e Pedro descem do avião e seguem andando.
Paula – Nunca pensei que teria que
pisar novamente nessa terra. País chinfrim! Olha esse calor. Eu nunca vou te
perdoar por estar me fazendo passar essa humilhação.
Pedro – Por que esse ódio do
Brasil?
Paula – Ainda me pergunta? Esse
país só tem gente pobre, sem nenhuma perspectiva de vida. A gente olha pra um
lado é mendigo, o outro é gente sendo assaltada. Liga a TV estão noticiando
assassinatos, corrupção no senado. Meu lugar não é aqui, amor.
Pedro – Já chega, Paula. Vou te
deixar em casa e depois vou direto pro hospital. Tenho que acertar os últimos
detalhes da minha contratação.
CLOSE em Paula, totalmente revoltada.
CENA 5 – AVENIDA
DESCONHECIDA - DIA.
Luiza já totalmente transtornada, chorando bastante. Ela vai
bem lentamente atravessar a rua é surpreendida por um carro em alta velocidade
que a atropela, arremessando-a do outro lado da rua.
CENA 6 – HOSPITAL DOM
BOSCO – LANCHONETE - DIA.
Bárbara sentada á mesa. Helena chega desesperada.
Helena – Bárbara, você tem que vir
comigo. Aconteceu uma tragédia!
Bárbara – O que houve?
Helena – A Luiza sofreu um acidente.
Foi atropelada. Está entrando na sala de cirurgia nesse exato momento.
Bárbara e Helena saem.
AMANHECE
MANSÃO DE PEDRO – PORTA
– DIA.
Clara bate na porta. Paula/ Rita atende.
Paula – Quem é você? O que faz
aqui?
Clara – Não está me reconhecendo?
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