Doce Veneno - 9° Capitulo - Clarisse jura vingança



CENA 1- APÊ DE BÁRBARA - QUARTO-  NOITE. 

Bárbara chega e encontra Carlos estirado no chão, já sem vida. Ela se desespera e se joga contra o seu corpo.

Bárbara- (chorando) Tarde demais, né, meu amor? A Paula conseguiu se vingar de mim, e ela tirou de mim aquilo que eu mais amava na vida. Me perdoa, Carlos! Você não merecia pagar por algo que eu fiz. O que vai ser de mim daqui pra frente? O que eu vou fazer?

Bárbara continua ali, estirada encima de Carlos.

CENA 2- MANSÃO DE CLARISSE- QUARTO DE CLARA-  NOITE. 

Paula pula a janela. Clara se assusta.

Clara– O que você ta fazendo aqui, sua bruxa?

Paula- Vim acertar s contas com você, traste! Ou achou mesmo que eu iria mesmo deixar barato todas as suas mau criações, todas as vezes que você colocou meus planos em risco?

Paula puxa Clara pelos cabelos e aponta arma em sua cabeça. As duas se encaram.

Paula- Só tem um jeito deu poupar a sua vida. Se ajoelha aos meus pés e pede perdão.
(gritando) Anda lacraia, se ajoelha.

Clara cospe na cara de Paula e corre em direção á porta. Paula dá atira.

CENA 3- MANSÃO DE CLARISSE- SALA-  NOITE. 

Clarisse se levanta assustada. Clara vem descendo as escadas, Paula atrás.

Paula– Você vai me pagar caro, sua vadiazinha!

Clarisse- O que você ta fazendo aqui, Paula?

Paula– Vim pra um acerto de contas mais do que justo! Não podia partir antes de acabar com todas vocês!

Clarisse- Abaixa essa arma! Será que você já não me usou o bastante? Vai embora da minha casa, desaparece da minha vida.

Paula– O Roberto aprontou comigo! Mas se ele achou que o que fez iria me amedrontar ele estava muito errado. Pelo contrario, só me deixou com mais vontade de acabar com vocês!

Clarisse- Eu que vou acabar com você, sua vagabunda!

Clarisse avança em Paula. As duas começam a lutar pela arma.

Paula- Me larga, ou eu estouro seus miolos!

Clarisse consegue pegar a arma. Paula se esquiva.

Clarisse- Você tentou roubar o meu marido. Se fez de minha amiga, me arrancou a maior nota, seqüestrou a minha filha, e sabe lá o que mais armou pra conseguir ficar com o meu dinheiro! Você não é digna nem de pena. Mas agora, vai passar o resto dos seus dias na cadeia, pagando por tudo que fez.

Paula joga Clarisse contra a porta de vidro. Clara se desespera. Paula sai andando.

Paula- Ate qualquer dia, Clarinha! Foi um prazer conhecer todos vocês.

Clara– (chorando) Ri enquanto você pode, Paula! Por que não importa onde você esteja, pode ser no inferno, eu vou te achar!

Paula sai sorridente. Clara se desespera, tentando acordar Clarisse, que está com o rosto bastante ferido.

HORAS DEPOIS
CENA 4- AEROPORTO- GUICHÊ-  NOITE. 

Paula se apresenta no guichê. A atendente pega os documentos de Paula, os confere, e assim carimba seu passaporte, por ultimo entregando-lhe.

Atendente– Rita Albuquerque, faça uma boa viagem!  

Paula sorri e sai.

AMANHECE
CENA 5- MANSÃO DE LAURA- SALA-  DIA. 

Bárbara chega. Ela e Laura se abraçam.

Laura– (chorando) Como você está?

Bárbara- To tentando seguir em frente. Mas ta difícil,sabe? Mas já tomei uma decisão, vou passar alguns meses na Suíça, prefiro ter o meu filho lá. Vai ser melhor fugir um pouco desse cenário, dessa loucura. Sabe o que mais me atordoa? Saber que eu podia ter evitado tudo isso.

Laura– Como assim?

Bárbara- A Clarisse me propôs uma parceria pra gente conseguir colocar a Paula atrás da cadeia, evitando assim que ela cometesse outros crimes, mas eu não dei ouvidos. Vou me culpar pra sempre.

Laura– Não fica se martirizando dessa maneira. Você tem que pensar agora na sua vida, no seu filho, nada mais!

Bárbara- Você ta certa! Vou tratar logo de comprar minha passagem e sumir desse lugar. Recomeçar a minha vida outra vez, longe daqui.

Bárbara acaricia sua barriga. Laura sorri.

CENA 6- HOSPITAL- QUARTO DE CLARISSE-  DIA. 

Laura e Roberto entram. Clarisse já com o rosto totalmente enfaixado.

Clarisse– O que houve comigo? 

Roberto- Você foi arremessada contra a vidraça da porta da nossa casa, mas já está tudo bem! Não precisa se preocupar.

Clarisse– E essas faixas no meu rosto? Não esconda nada de mim, Roberto. Diz logo a verdade. O que ta acontecendo?

Roberto- Foram só alguns cortes. Nada grave! Fique tranquila.

Clarisse– Um espelho, Roberto.

Roberto- É melhor, não!

Clarisse– (gritando) Não ta me ouvindo? Me dá logo um espelho, eu tenho esse direito.

Clarisse começa a tirar a faixa de seu rosto. Roberto lhe entrega um espelho. Ela se olha, e o joga contra a parede, gritando.

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